“A Palavra
Já não quero dicionários
Consultados em vão.
Quero só a palavra
Que nunca estará neles
Nem se pode inventar.
Que resumiria o mundo
E o substituiria.
Mais sol do que o sol,
Dentro da qual vivêssemos
Todos em comunhão,
Mundos,
Saboreando-a. “
– Carlos Drummond de Andrade
Convidamos um dos nossos anjos para contar um pouco como tem sido suas conexões com os mais vividos.

Os encontros com o Sr. Hugo têm tido muita palavra presente, tanto como na literatura: Machado de Assis, Guimarães Rosa, Milton Hatoum, entre outros autores que trago em minhas leituras. Palavra dita, palavra escrita, palavra ouvida.
O diálogo entre sênior e anjo é sempre feito com muito apreço vindo dos dois lados. Assim, as conversas com Sr. Hugo a respeito da memória me trazem sempre uma nova ideia de épocas em que não vivi e novas sensações das mesmas.
Escutar é algo que deve sempre ser aprendido e exercitado com frequência. Ao escutar, parece que nos transportamos para outro mundo; o mundo da história, onde a todo momento há trocas.
O poema acima de Carlos Drummond retrata essa conversa, cujo entendimento se dá por meio de palavras, compreendendo o outro e aprendendo a ter paciência de ouvir e de saborear cada uma delas.
Bárbara Albertini