Engraçado como trabalhando com a Vívida temos tido um novo referencial para tudo que fazemos. Afinal, nosso repertório, nossas referências, pautam justamente nossas decisões.
E na vida como ela é, raramente conseguimos nos colocar no lugar do outro.
Trabalhar com idosos, porém, é uma questão antes de tudo de empatia. Estamos exercitando o tempo todo nos colocar no lugar de quem fala e ouve e ver com suas lentes o mundo.
Considere só um pouco a possibilidade de você não conseguir mais fazer tudo que fazia antes e tente olhar o mundo à sua volta com estas lentes.
Imagine-se, só por alguns instantes, não conseguindo mais se levantar com a mesma agilidade que antes, precisando pedir a alguém para fazer o que você sempre fez sozinho ou tendo de parar na calçada e respirar na sombra para retomar o fôlego com as sacolas na mão na volta das compras para casa.
Imaginou?
Sentir-se incapaz é um dos fatores que pode levar milhares de idosos a depressão, segunda maior causa de morte entre eles.
Assistimos diariamente o movimento de todo o ecossistema que gira em torno dos idosos: os cuidadores, a família, o médico… os personagens que influenciam sua vida. Podemos afirmar que todos, sem exceção, são fundamentais nesse caminho de iluminar, ajudar e ser um amigo nas horas difíceis.
Trabalhamos todos os dias para os idosos decidirem mais e se sentirem mais capazes, para esquecerem um pouco da idade e dos problemas que ela pode trazer. Trabalhamos para simplificar a vida dos nossos clientes.
Na Vívida, trabalhamos o tempo todo com devolver a vida para quem acha que a perdeu. Deixamos os remédios um pouco de lado e falamos sobre família, passado, lembranças gostosas e engraçadas, músicas que marcaram momentos… ou, simplesmente, não fazemos nada, se é isso que se quer.
Dignidade e vida, com respeito ao momento e tempo do outro – o que na prática é bem menos complexo do que pensamos.
É interessante notar que, entre diferentes perfis, temos atendido clientes super ativos, que trabalham depois de “aposentados” e encaram diariamente os desafios das atualizações tecnológicas impostas por um novo tempo.
Levamos então um anjo vívida para ajuda-lo nesse desafio.
Este anjo, especialmente selecionado, vai até a casa do vivido e lá explica como configurar e-mails, fazer back-up, compartilhar arquivos no Google Drive… facilitar a vida dele de verdade!
Recentemente assistimos a uma cena de um senhor que, após conseguir imprimir um documento sozinho, correu para a sala e foi contando para a esposa, vibrando:
“Consegui imprimir, Suely!”. “O que ele mais quer é conseguir fazer as coisas sozinho. E eu sinto que estou ajudando alguém, sabe? Ele toda hora me agradece e fala que tá aprendendo muito. Hoje, quando eu estava ensinando ele a digitar no celular, pedi pra escrever qualquer coisa nas notas pra treinar. Ele escreveu “Gabriella, muito obrigado e melhoras pro Pipo”. O pipo é o meu cachorro.
Gabriella Sierra tem 20 anos e a cada conexão com um vivido volta com novas histórias e um outro bombom de chocolate.
Criamos relações. Talvez seja simples assim nossa missão.